A grosso modo e, de acordo com a distância focal de cada objetiva, elas podem ser separadas em três categorias: grande-angulares (com distâncias focais de até 35mm), normais (com distâncias focais entre 35-85mm) e teleobjetivas (com distâncias focais maiores que 85mm).
A imagem projetada pelas objetivas é circular e os sensores digitais que conseguem aproveitar a maior parte desta projeção são sensores FULL FRAME. Estas dimensões foram usadas para se aproximar do tamanho dos antigos filmes analógicos de 35mm. Na figura apresentada, é fácil notar que o ângulo de visão propiciado por sensores deste tipo é maior do que o de sensores com fator de corte.
Quando pensamos em câmeras com sensores FULL FRAME, a objetiva fixa que tem maior proximidade com o campo de visão registrado pelo olho humano é a objetiva com distância focal de aproximadamente 50mm, o que explica sua popularidade com fotógrafos. Este valor é encontrado pelo cálculo da hipotenusa do triangulo com catetos medindo 36mm e 24mm.
Podemos expandir esta idéia para entender o conceito de ZOOM. Tendo o ângulo de visão do olho humano como referência, uma teleobjetiva com 400mm de distância focal oferece um aumento de 8 vezes.
Para outras câmeras com objetivas intercambiáveis e com sensores menores, há um fator de corte que deve ser levado em conta para se determinar qual a objetiva normal. Por exemplo, câmeras da Nikon APSC- DX tem sensores 1,5 vezes menores do que as câmeras FULL FRAME da mesma marca. Isso quer dizer que, ao multiplicarmos o fator de corte pela distância focal da objetiva acoplada à câmera, teremos uma equivalência com a distância focal da objetiva que representa o mesmo ângulo de visão em uma FULL FRAME. Assim, ao utilizar uma objetiva com 35mm de distância focal em uma NIKON APSC- DX (fator de corte = 1,5), teremos o mesmo ângulo de visão reproduzido por uma objetiva com 52,5mm (35 x 1,5 = 52,5) em uma FULL FRAME. Isto leva a uma aproximação do objeto, criando a sensação de ZOOM.
Podemos inferir, então, que câmeras com fator de corte em seus sensores podem ser úteis para fotógrafos de vida selvagem, mas desvantajosas para fotógrafos de interiores por exemplo.
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