quinta-feira, 23 de julho de 2015

Organizando a bagagem para mochilar.




Organizar a bagagem de maneira eficiente pode ser a diferença entre uma ótima viagem e um desastre. Além de providenciar vistos e escolher roupas mais adequadas para o destino escolhido, a preocupação com a saúde deve ocupar posição elevada na lista de afazeres.
Para quem vive em São Paulo capital, a cidade oferece o serviço gratuito do ambulatório do viajante no hospital Emílio Ribas. Trata-se de uma consulta que avalia quais vacinas são prioritárias para cada destino e, além disso, alerta o viajante sobre cuidados com alimentação e medidas de profilaxia para evitar mosquitos em lugares com riscos para febre amarela, malária, doença do sono, etc. 
Pelo próprio SUS, é possível recolher medicamentos contra malária gratuitamente na farmácia do próprio hospital. A maior parte das vacinas também são oferecidas pelo sistema, com exceção de hepatite A, febre tifóide e meningite. Estas devem ser aplicadas em clínicas particulares. 
Note que o certificado de vacinação internacional contra febre amarela é obrigatório para quem sai do país e deve ser grampeado na última página do passaporte. 
Essencialmente, minha caixa de primeiros socorros é composta por: 

· Antibiótico de dose única (deve acompanhar receita médica). 

· Antiinflamatório. 

· Anti-histamínico para reações alérgicas inesperadas. 

· Um repositor de flora intestinal para casos de diarréia e, em último caso, um antidiarréico. 

· Antigripal. 

· Mistura para soro para casos de desidratação. 

· REPELENTE. 

Para os amantes do trekking, vale a pena checar as altitudes que serão alcançadas durante a viajem. No caso de destinos com grandes altitudes, se possível, doar sangue e se envolver em atividades aeróbicas com alguns meses de antecedência ajudará seu corpo a se preparar para o ar rarefeito. 
Para quem viaja com equipamento fotográfico, o seguro pode poupar grandes dores de cabeça e, geralmente, custa em torno de 6% do valor declarado. Também pode servir como documento para comprovar posse prévia ao embarque para o exterior, o que pode evitar mal entendidos com a policia federal no retorno ao país. 

Adaptadores de tomado universais e cadeados também são uma boa pedida para quem se aventura em destinos com menos estrutura do que países ocidentais do hemisfério norte do planeta.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Fator de corte em câmeras digitais.

A grosso modo e, de acordo com a distância focal de cada objetiva, elas podem ser separadas em três categorias: grande-angulares (com distâncias focais de até 35mm), normais (com distâncias focais entre 35-85mm) e teleobjetivas (com distâncias focais maiores que 85mm).
A imagem projetada pelas objetivas é circular e os sensores digitais que conseguem aproveitar a maior parte desta projeção são sensores FULL FRAME. Estas dimensões foram usadas para se aproximar do tamanho dos antigos filmes analógicos de 35mm. Na figura apresentada, é fácil notar que o ângulo de visão propiciado por sensores deste tipo é maior do que o de sensores com fator de corte.
Quando pensamos em câmeras com sensores FULL FRAME, a objetiva fixa que tem maior proximidade com o campo de visão registrado pelo olho humano é a objetiva com distância focal de aproximadamente 50mm, o que explica sua popularidade com fotógrafos. Este valor é encontrado pelo cálculo da hipotenusa do triangulo com catetos medindo 36mm e 24mm.
Podemos expandir esta idéia para entender o conceito de ZOOM. Tendo o ângulo de visão do olho humano como referência, uma teleobjetiva com 400mm de distância focal oferece um aumento de 8 vezes.
Para outras câmeras com objetivas intercambiáveis e com sensores menores, há um fator de corte que deve ser levado em conta para se determinar qual a objetiva normal. Por exemplo, câmeras da Nikon APSC- DX tem sensores 1,5 vezes menores do que as câmeras FULL FRAME da mesma marca. Isso quer dizer que, ao multiplicarmos o fator de corte pela distância focal da objetiva acoplada à câmera, teremos uma equivalência com a distância focal da objetiva que representa o mesmo ângulo de visão em uma FULL FRAME. Assim, ao utilizar uma objetiva com 35mm de distância focal em uma NIKON APSC- DX (fator de corte = 1,5), teremos o mesmo ângulo de visão reproduzido por uma objetiva com 52,5mm (35 x 1,5 = 52,5) em uma FULL FRAME. Isto leva a uma aproximação do objeto, criando a sensação de ZOOM.
Podemos inferir, então, que câmeras com fator de corte em seus sensores podem ser úteis para fotógrafos de vida selvagem, mas desvantajosas para fotógrafos de interiores por exemplo.