Para trabalharmos bem com o foco de
nossas câmeras DSLR, seja em modo manual ou automático, devemos, primeiro, entender
o que é profundidade de campo e qual sua relação com o plano focal.
Profundidade de campo se refere ao
número de planos nítidos em uma cena, enquanto o plano focal é o plano com
prioridade para nitidez. Ou seja, quando focamos um objeto, estamos definindo o
plano focal de nossa imagem. Se os demais planos da cena estarão
nítidos ou não, isso vai depender do quanto temos de profundidade de campo.
Esta, por sua vez, é controlada pela abertura do diafragma, pela distância focal da objetiva que estamos usando e pela distância do sensor até o plano focal. Note que
os planos se distribuem perpendicularmente à objetiva.
De maneira geral, a profundidade de campo se distribui a partir do plano focal numa proporção que, genericamente, se aproxima de 1/3 à frente e 2/3 para trás à medida que nos afastamos. Portanto, muitas vezes,
devemos estabelecer o plano focal em planos que, naquele momento, não são os
mais importantes, mas que irão distribuir a profundidade de campo de modo à
garantir que nosso assunto principal estará todo nítido. Na figura acima, assumindo que o foco foi feito pelo ponto central do visor, a pessoa esquematizada se encontra toda dentro dos planos com nitidez e, portanto, não há desfoques.
Já na figura abaixo, a objetiva foi inclinada e, assim, os planos também o foram. Note que, neste esquema, o nariz e parte das pernas e pés estão desfocados, uma vez que não se encontram dentro dos planos com nitidez garantida pela profundidade de campo.
Para trabalhar o foco com recursos automatizados das câmeras, devemos ter em mente que, para que as câmeras identifiquem onde queremos estabelecer o plano focal, é necessário que a mira do visor seja posicionada sobre áreas com contraste, ou seja, com arestas bem definidas. Isso facilitará o mecanismo de foco automático e garantirá velocidade no processo.
Já na figura abaixo, a objetiva foi inclinada e, assim, os planos também o foram. Note que, neste esquema, o nariz e parte das pernas e pés estão desfocados, uma vez que não se encontram dentro dos planos com nitidez garantida pela profundidade de campo.
Para trabalhar o foco com recursos automatizados das câmeras, devemos ter em mente que, para que as câmeras identifiquem onde queremos estabelecer o plano focal, é necessário que a mira do visor seja posicionada sobre áreas com contraste, ou seja, com arestas bem definidas. Isso facilitará o mecanismo de foco automático e garantirá velocidade no processo.
Também devemos ter em mente que os
diversos pontos de foco do visor tem sensibilidades diferentes. De forma geral,
o ponto central é mais sensível e opera com mais velocidade mesmo em cenas com
arestas sutis/ baixo contraste. Os demais pontos operam bem em regiões com arestas mais bem
definidas e, também, com objetivas que tenham diafragmas capazes de abrir pelo
menos até valores de f5.6. Isto porque o diafragma permanece todo aberto para
facilitar o foco automático até que executemos a imagem. Neste momento, ele se
fecha para os valores estabelecidos previamente para uma boa exposição da
cena. Atenção, algumas objetivas não
permitem que seus diafragmas abram mais do que f6.3 quando estamos usando suas
distâncias focais máximas.
Em câmera DSLR, o foco automático
tem, pelo menos, duas variações. AF-S e AF-C.
AF-S trabalha com um ponto único de
foco e este trava o plano focal quando pressionamos o disparador do obturador
até meio botão. Enquanto ele estiver pressionado, podemos recompor a cena e a
prioridade de nitidez para o plano escolhido será preservada até que terminemos
de pressionar o disparador. Este modo é mais útil em cenas com baixa luz, uma
vez que permite o uso da luz auxiliar do flash para que a câmera encontre
contraste e faça o foco.
O modo AF-C, ou foco contínuo, é
mais usado para objetos que se deslocam através de planos diferentes com grande
velocidade. Enquanto o disparador estiver pressionado até meio botão, a câmera
segue o objeto ao longo dos planos tentando focá-lo. Diferente de AF-S, a
câmera permite que a foto seja executada mesmo que ela não tenha encontrado
foco. Este modo de foco automático é mais útil com a escolha de área dinâmica
de focagem, que não tem um único ponto definido, e em cenas com mais luz, uma
vez que a luz auxiliar do flash para focagem não fica disponível.
Toda objetiva com foco manual possui uma escala representando a
profundidade de campo para pequenas aberturas do diafragma. No anel de foco, as
distâncias são medidas em metros com o símbolo de infinito representado
por ∞.
As duas escalas
juntas aparecem da seguinte forma:
Por exemplo, ao
posicionar a distancia de 5m à esquerda e alinhado ao valor de diafragma f8,
teremos nitidez em todos os planos posicionados entre 5m e 3m, já que o valor
de 3m encontra-se alinhado com o valor de diafragma f8 à direita.
Se quisermos
trabalhar com valores diferentes de diafragma como f11, por exemplo, ao
posicionar ∞ à esquerda, alinhado com o valor de diafragma f11,
temos como resultado uma profundidade de campo que começa a 2m de distância e
vai até ∞.